a cidade onde moro tem luz e ela não vem do céu
é uma luminosidade que nasce nas janelas aos quadradinhos ou nas pedras das calçadas ou nas asas das gaivotas e estende-se pelo ar para envolver as pessoas. mesmo nos dias de chuva, quando as núvens enleadas tentam engarnar-nos, todos os que cá moramos andamos de casaco brilhante. gosto da cidade onde moro porque é mágica. basta um raio redirigido dessa luz secreta e própria para a cidade metamorfosear. nos fins-de-tarde, por exemplo, costuma ser mar d'ouro ou campo de trigo no verão. e é nessa hora do dia quando todos os que cá moramos abandonamos as nossas ocupações e saimos à rua para navegar sem velas ou para ceifar o cereal com os nossos dedos.
é uma luminosidade que nasce nas janelas aos quadradinhos ou nas pedras das calçadas ou nas asas das gaivotas e estende-se pelo ar para envolver as pessoas. mesmo nos dias de chuva, quando as núvens enleadas tentam engarnar-nos, todos os que cá moramos andamos de casaco brilhante. gosto da cidade onde moro porque é mágica. basta um raio redirigido dessa luz secreta e própria para a cidade metamorfosear. nos fins-de-tarde, por exemplo, costuma ser mar d'ouro ou campo de trigo no verão. e é nessa hora do dia quando todos os que cá moramos abandonamos as nossas ocupações e saimos à rua para navegar sem velas ou para ceifar o cereal com os nossos dedos.
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