a minha irmã ligou-me há pouco desde lisboa. tinha acabado de chegar do alentejo (ainda estou a morrer de inveja. morro de saudades). é esquisito ouvir a minha mana do outro lado do telefone porque sei que a voz que estou a ouvir é como se fosse a minha. até a nossa mãe engana-se às vezes. sei porque alguma vez já ouvi a minha própria voz gravada e foi como se estivesse a ouvir a minha irmã. quando me telefonou há pouco, eu estava a pintar as unhas dos pés de vermelho intenso. é engraçado porque não gosto demasiado de mostrar os pés. no verão não costumo andar de sandálias, ainda menos de chinelas. ao máximo uso sapatos ligeiramente abertos que deixam entrever a forma do pé ou intuir os dedos. por vezes dá para ver as unhas pintadas de vermelho sangue. "és catita até mais não", disse a minha mana. "catita? eu?". sou vaidosita... as unhas das mãos é que não pinto. não com uma cor intensa pelo menos. de vez em quando passo um esmalte transparente ou quase transparente, apenas para dar um pouco de brilho. gosto de mãos simples eu. adoro tudo o que é simples. "és catita mas simples, verdade seja dita. consegues conjugar as duas coisas.", acrescentou a minha irmã. "ainda bem". se exibisse completamente os pés, teria que pintar as unhas das mãos também. ou não. logo se veria. também não ando sempre com as unhas dos pés pintadas. estou com vontade de ver a minha mana. fiquei com vontade de ver "Lolita" do Kubrick. lá vou eu agora buscar o filme que está na prateleira do meu quarto. "as unhas dos pés pintadas de vermelho intenso ficam bué de giras.", disse eu à minha mana. "pois ficam".
segunda-feira, julho 17, 2006
a minha irmã ligou-me há pouco desde lisboa. tinha acabado de chegar do alentejo (ainda estou a morrer de inveja. morro de saudades). é esquisito ouvir a minha mana do outro lado do telefone porque sei que a voz que estou a ouvir é como se fosse a minha. até a nossa mãe engana-se às vezes. sei porque alguma vez já ouvi a minha própria voz gravada e foi como se estivesse a ouvir a minha irmã. quando me telefonou há pouco, eu estava a pintar as unhas dos pés de vermelho intenso. é engraçado porque não gosto demasiado de mostrar os pés. no verão não costumo andar de sandálias, ainda menos de chinelas. ao máximo uso sapatos ligeiramente abertos que deixam entrever a forma do pé ou intuir os dedos. por vezes dá para ver as unhas pintadas de vermelho sangue. "és catita até mais não", disse a minha mana. "catita? eu?". sou vaidosita... as unhas das mãos é que não pinto. não com uma cor intensa pelo menos. de vez em quando passo um esmalte transparente ou quase transparente, apenas para dar um pouco de brilho. gosto de mãos simples eu. adoro tudo o que é simples. "és catita mas simples, verdade seja dita. consegues conjugar as duas coisas.", acrescentou a minha irmã. "ainda bem". se exibisse completamente os pés, teria que pintar as unhas das mãos também. ou não. logo se veria. também não ando sempre com as unhas dos pés pintadas. estou com vontade de ver a minha mana. fiquei com vontade de ver "Lolita" do Kubrick. lá vou eu agora buscar o filme que está na prateleira do meu quarto. "as unhas dos pés pintadas de vermelho intenso ficam bué de giras.", disse eu à minha mana. "pois ficam".
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