hoje, quando acabei a minha jornada laboral, havia um arco-íris sobre os telhados da cidade. pena foi não ter a câmara fotográfica comigo. fiquei a olhar para o céu longo tempo, depois olhei ao meu redor para verificar se outras pessoas tinham reparado também no fenómeno. ninguém a olhar para cima. à minha frente havia pessoas na fila do autocarro encostadas aos azulejos de um prédio. no prédio havia duas janelas com flores, caracóis e estrelas de papel às cores colados ao vidro. no momento em que alguns miúdos saíam desse prédio segurados por mãos maiores do que as suas, passava por mim uma carrinha cinzenta com centenas de garrafas de vidro vazias. por trás dessa carrinha, na direcção contrária, acelerava um carro da polícia com a palavra "transito" sem acento circunflexo. ao meu lado havia uma mulher de camisola côr-de-rosa a fazer sinais para comunicar à pessoa que conduzia um Peugeot 206 bordeaux que a porta traseira estava mal fechada. ao mesmo tempo, um homem loiro deitava fora uma ponta de cigarro pela janela do seu automóvel. voltei a olhar para o céu e ainda se via o arco-íris. pena foi não ter a câmara fotográfica comigo.
terça-feira, novembro 07, 2006
hoje, quando acabei a minha jornada laboral, havia um arco-íris sobre os telhados da cidade. pena foi não ter a câmara fotográfica comigo. fiquei a olhar para o céu longo tempo, depois olhei ao meu redor para verificar se outras pessoas tinham reparado também no fenómeno. ninguém a olhar para cima. à minha frente havia pessoas na fila do autocarro encostadas aos azulejos de um prédio. no prédio havia duas janelas com flores, caracóis e estrelas de papel às cores colados ao vidro. no momento em que alguns miúdos saíam desse prédio segurados por mãos maiores do que as suas, passava por mim uma carrinha cinzenta com centenas de garrafas de vidro vazias. por trás dessa carrinha, na direcção contrária, acelerava um carro da polícia com a palavra "transito" sem acento circunflexo. ao meu lado havia uma mulher de camisola côr-de-rosa a fazer sinais para comunicar à pessoa que conduzia um Peugeot 206 bordeaux que a porta traseira estava mal fechada. ao mesmo tempo, um homem loiro deitava fora uma ponta de cigarro pela janela do seu automóvel. voltei a olhar para o céu e ainda se via o arco-íris. pena foi não ter a câmara fotográfica comigo.
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